▶️Professores denunciam intimidação e coação da Frelimo
▶️População frustrada com as operações da Haiyu Mining em Angoche
▶️Militares denunciam fome nos quarteis
Estimado ouvinte, seja bem-vindo à edição semanal do NoticiÁudio de 20 a 27 de Setembro de 2024, produzida pela Plural Media!
A Associação Nacional dos Professores (Anapro) denuncia "intimidações e coação" aos profissionais da classe para participar na campanha de Daniel Chapo, candidato da Frelimo.
O presidente da Anapro, Isac Marrengula, disse à Lusa que os professores são obrigados a abandonar as salas de aulas para participar na campanha e, em alguns casos, para a recepção do Chapo.
Caso os professores se recusem, são ameaçados com transferências para lecionarem em estabelecimentos de ensino distantes das suas residências e com impedimento nas progressões de carreiras.
Marrengula disse que o abandono das salas de aulas para participar na campanha eleitoral para as eleições gerais de 09 de outubro ameaça a qualidade de educação.
A comunidade onde a Haiyu Mining explora areias pesadas diz estar frustrada com aquela empresa, denunciando problemas de saúde resultantes das operações mineiras negligenciadas.
Um estudo do CIP apurou que, entre esses impactos negativos da empresa, inclui-se a perda de meios de subsistência das populações, como terras agrícolas, árvores, bem como há casos de poluição da água e do solo, e incumprimento de promessas de construção de infraestruturas como estradas e escolas.
O CIP nota que, apesar das várias denúncias veiculadas nos meios de comunicação nacionais, as autoridades governamentais e judiciais têm dado pouca atenção aos problemas causados.
As comunidades de Thopa, Sangage, Nagonha e Murrua sentem-se insatisfeitas com a implantação da empresa e com o seu modo de operar. As comunidades alegam que a empresa não trouxe benefícios tão significativos.
Militares denunciam falta de logística nos quarteis, o que resulta em fome, havendo casos em que eles têm pão e água quente misturada com açúcar como matabicho.
A situação, de acordo com o jornal Integrity, acontece já há vários meses e no início tudo parecia algo passageiro, mas o caso parece ter vindo para ficar.
Devido a falta de logística, o horário de funcionamento dos quarteis foi alterado, passando-se a trabalhar em turnos e com poucas horas de permanência.
Para além destes problemas, o Estado moçambicano ainda não canalizou os salarios retroactivos dos militares e até ao momento ninguém se dignou em dar qualquer explicação sobre os contornos do caso.
Esta foi mais uma edição semanal do NoticiÁudio, produzida pela Plural Média e distribuída pela Xipalapala.
🎧 Fique ligado aos nossos canais no Telegram e WhatsApp, e dê um ‘Like’ à página do NoticiÁudio no Facebook para receber as notícias na sua língua de preferência (Português, Chisena, Changana, Emakhuwa, Kimwani e Yao)