Frelimo admite falhas na governação
Edição semanal do NoticiÁudio de 4 a 11 de Abril de 2025
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▶️Frelimo admite falhas na governação
▶️Ministro da Justiça exige casa de 39 milhões de meticais
▶️Comunidades denunciam falta de consulta na concessão do Monte Mupfura
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O presidente da Frelimo, Daniel Chapo, na quinta-feira admitiu falhas do seu governo, dizendo que a situação contribuiu para as manifestações pós-eleitorais.
Falando na abertura do Comitê Central, Chapo, citado pela AIM, apontou para dificuldades do governo da Frelimo em prover necessidades básicas da população, práticas de corrupção e postura de arrogância e falta de humildade de alguns dirigentes, dizendo que isso cria distanciamento com as populações.
Chapo também apontou para o que chamou de factores externos, dizendo que as manifestações fazeram parte de uma estratégia global de acabar com os partidos ou antigos movimentos de libertação nacional em toda a região da África austral.
O novo Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Mateus Saize, exigiu que lhe fosse atribuída uma casa maior do que a deixada pelos seus antecessores como Helena Kida e Joaquim Veríssimo.
De acordo com o Jornal Evidências, o novo ministro justifica que tem uma família alargada que não pode caber na casa que foi ocupada pelos seus colegas.
A nova casa custou ao Estado 39 milhões de meticais, quase o dobro da anterior que custava 24 milhões de meticais.
A directora do Cofre Geral dos Registos e Notariado, Maria Teresa Buce, argumenta que a antiga casa será usada para outros fins ainda não identificados, incluindo a possibilidade de colocar à disposição para ser arrendada.
As comunidades arredores do Monte Mupfura, no distrito de Macate, província de Manica, denunciam a concessão do local a estrangeiros para a extração de pedra sem realização de consultas públicas.
Como resultado, de acordo com o Magazine Integrity, as comunidades estão a ser reassentadas num processo injusto e pouco transparente, com valores monetários que não condizem com os seus bens e campos agrícolas.
Um residente local, por exemplo, disse que estava a ser forçado a sair do local, após oferta de 80 mil meticais, mas ele alega que as suas machambas e plantas frutíferas valem muito mais do que esse valor.
Nenhum funcionário do governo do distrito de Macate quis falar com a imprensa sobre o assunto, de acordo com o jornal, que acrescenta que a população usava o monte como local sagrado.
Esta foi mais uma edição semanal do NoticiÁudio, produzida pela Plural Média e distribuída pela Xipalapala.
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